terça-feira, 13 de dezembro de 2016

ORIENTAÇÕES DE UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL PARA PORTADORES DE HIV/AIDS 


O primeiro passo é se alimentar adequadamente, fazendo escolhas saudáveis e se alimentando nos horários adequados, orientações:
- Se alimentar em média de 3 em 3 horas aproximadamente, respeitando as seguintes refeições (Desjejum/colação/almoço/lanche/jantar e ceia).
- Evitar jejum prolongado, podendo levar a situações como hipoglicemia.
- Evitar o consumo excessivo de açúcares refinados, balas, chicletes, refrigerantes, salgadinhos.
- Evitar o consumo excessivo de sal, principalmente nas saladas, optando por temperos naturais como limão e azeite.
- Fazer as refeições em locais tranquilos, de preferencia sentando à mesa, tornando assim, o hábito de se alimentar mais prazeroso.
- Tentar seguir rigorosamente os horários das refeições, evitando pular alguma, devido o tratamento que requer aporte nutricional para maior eficácia.
- Evitar alimentos industrializados, ricos em conservantes e corantes, optando sempre por alimentos mais naturais possíveis.
- Evitar preparações fritas ou com excesso de óleo, optando por alimentos assados, grelhados e ensopados.
- Aderir à prática de atividade física (de acordo com orientação médica), pois ajuda no tratamento, melhorando o quadro de ansiedade, no metabolismo e redução do colesterol e triglicerídeos, sendo também importante na socialização.
- Dormir em média de 6 a 8 horas por noite.
- Evitar bebidas alcoólicas e fumo.
O segundo passo é saber quais nutrientes  favorecem a recuperação e/ou manutenção do sistema imunológico, controle do quadro de (Hipertrigliceridemia, hipercolesterolemia, dislipidemia e glicemia alta), ou seja, triglicerídeo, colesterol e glicose altos no sangue, recorrente, em alguns casos, do tratamento com os Antirretrovirais e/ou hábitos alimentares inadequados:
- Proteínas: Favorecem ao organismo fonte adequada de energia, manutenção do tecido muscular e controle de infecções, optando sempre por proteínas de alto valor biológico, peixes, aves, carnes bovinas magras, evitando preparações com muitos condimentos industrializados (temperos industrializados prontos), frituras, aderir ao grelhado, assado e ensopado. Consumo adequado, evitando excessos ou falta. Obs: Em casos de hepatite associada e doença renal crônica o consumo deve ser reduzido e acompanhado de nutricionista e/ou médico.
- Gorduras: Importante fonte de energia, devido à demanda calórica causada pela doença é extremamente importante o uso adequado. Devendo ser diminuída seu consumo em casos de diarreia, quadro observado em portadores do vírus. Optar por óleos vegetais nas preparações da comida como: azeite extra virgem, óleo de linhaça, óleo de canola e girassol, evitando seu aquecimento, ou seja, saturação (aquecer o óleo em temperaturas elevadas, como por exemplo, aquecer o óleo para refogar o alimento). Esses óleos possuem em sua composição ômega 3, importante ácido graxo que reduz níveis elevados de triglicerídeos e colesterol no sangue.
- Carboidratos: Importante fonte de energia e indispensável à manutenção da vida, porém, seu consumo em excesso e, de carboidratos não tão bons, como os refinados, podem levar a quadro de glicemia elevada no sangue, podendo até levar à diabetes e suas complicações. A melhor maneira de controlar é se alimentar adequadamente, evitando excessos ou falta, evitar carboidratos simples, refinados, optando por carboidratos mais complexos e integrais que garantam um aporte de energia esperado e controle na taxa glicêmica.
- Líquido: Extremamente importante para hidratação e reações bioquímicas que ocorrem no organismo humano, atentar para suporte hídrico adequado, principalmente devido quadros de diarreia, vômito e suor excessivo à noite (sudorese), lembrando que para a diarreia e vômito é necessária reposição eletrolítica, podendo ser obtida através da ingestão do soro caseiro Ex: para cada 1litro de água fervida e fria, 8 colheres de chá de açúcar e ½ colher de chá de sal.  
- Vitaminas: As vitaminas A, C, E, B6, B9 e B12. Desempenham diversas funções importantes para organismo humano e principalmente na recuperação e/ou manutenção do sistema imunológico, tendo algumas importantes funções na manutenção celular, sanguínea, metabólica e antioxidante, promovendo funcionamento adequado e promoção da saúde. Lembrando que todas as vitaminas são importantes, e para manter aporte nutricional adequado seguir uma alimentação rica em frutas, vegetais e cereais.
- Minerais: Cobre, zinco, selênio e ferro. Pois é observado deficiência dos mesmos em portadores do vírus, devendo ter aporte nutricional adequado, evitando complicações diretas ao sistema imunológico, garantindo assim, suporte adequado a sua recuperação e manutenção. Optar por alimentação saudável é a melhor maneira de garantir ingestão constante desses nutrientes.
- Fibras: Importante para controle da glicemia, triglicerídeo, colesterol e funcionamento intestinal, auxiliando também a flora intestinal, extremamente importante para pacientes portadores do vírus HIV, devido à suscetibilidade a infecções intestinais.
- Alimentos funcionais: São extremamente importantes para manutenção da saúde em vários aspectos clínicos. Aderir à alimentação através de mistura em preparações torna seu hábito e paladar mais acessível. São eles: Aveia, chia, kinua, linhaça, germém de trigo, cogumelos shitake.

O terceiro passo é fazer escolhas saudáveis:
- Fonte de vitamina A: Leite, fígado, folhoso verde escuro, manga, cenoura e mamão.
- Fonte de vitamina C: Acerola, limão, laranja, morango, melão, couve-flor e brócolis.
- Fonte de vitamina E: Aspargo, espinafre, amêndoas, abacate, salmão e sardinha.
- Fonte de vitamina B6: Castanhas, carnes, vegetais, banana, nozes e produtos integrais.
- Fonte de vitamina B9: Peixes, ervilha, gema de ovo, lentilha, ervilha e feijão.
- Fonte de vitamina B12: Carnes, vísceras, fígado, leite e peixes.
- Fonte de cobre: Aveia, avelãs, fígado, ovo e brócolis.
- Fonte de zinco: Castanhas, nozes, cereais e carnes vermelhas.
- Fonte de selênio: Frango, farinha de trigo, ovo e castanha-do-pará,
- Fonte de ferro: Fígado, feijão, ovo, ervilha, carnes vermelhas e salsa.
- Fonte de fibras: Feijão, lentilha, grão de bico, legumes, verduras e cereais integrais. 

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

COMO HIGIENIZAR CORRETAMENTE FRUTAS E VEGETAIS

O processo de higienização constitui-se de duas etapas bastante importante, primeiramente a limpeza, onde ocorre a retirada de toda sujidade visível, feita através da seleção e descarte da parte indesejada. Como exemplo, Observa-se esse processo na seleção de folhas de alface, onde é jogada fora toda parte com características ruins.
Outro momento é a sanitização, etapa após a limpeza onde determina a “limpeza” por completo, ou seja, higienização do alimento, estando limpo e seguro ao consumo humano. Sendo assim limpeza + sanitização = higienização, etapas necessárias que garantem uma qualidade dos produtos a serem consumidos, evitando assim, quaisquer agentes nocivos a saúde do homem.

A higienização dos vegetais e frutas começam na seleção, etapa que configura uma primeira seleção do alimento, onde se escolhe quais os alimentos melhores para o consumo, em seguida pela retirada das partes danificadas ou podres, impróprias ao consumo, momento em que a lavagem também é parte fundamental no primeiro momento da higienização, em seguida, deve imergir o alimento em uma solução clorada, que promove a morte dos microorganismos presentes nos alimentos e que não são visíveis a olho nu.
Muitos produtos industrializados são encontrados em supermercados e estabelecimentos específicos, com a finalidade de sanitização dos alimentos, ainda assim, o uso de água sanitária como solução clorada é freqüente, tendo a diluição de 1 colher de sopa para cada litro de água, fazer a solução e deixar o alimento por um tempo de aproximadamente 15 a 20 minutos, havendo logo após um enxágüe, em água corretamente, retirando quaisquer resíduos da solução clorada no alimento.

Todas essas etapas são procedimentos que, garantem uma segurança alimentar, tendo em vista que a contaminação do alimento pode ocorrer em qualquer etapa, desde o plantio até o consumo. Faz-se necessário uma maior atenção em relação à higienização dos alimentos, lembrando que, os sanitizantes industrializados têm sua própria diluição, ou seja, seguir a recomendação do fabricante para pode atingir a eficácia do produto. 

domingo, 28 de agosto de 2016

TREINAMENTO EM BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO x REDUÇÃO DE DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS

Diversos estudos têm comprovado que os surtos de Doenças Transmitidas por Alimentos (DTAs) estão relacionadas com o não cumprimento de regras básicas de higiene e manipulação dos alimentos. A aplicação das Boas Práticas de Fabricação (BPF) é extremamente importante para alcançar uma segurança alimentar e qualidade do produto final. Para redução de casos, se faz necessário uma intensificação em treinamentos e orientações em relação às falhas mais observadas, durante a manipulação por parte dos manipuladores, havendo uma atenção maior pelo profissional responsável pela capacitação, o nutricionista. Sendo relevante o treinamento, quando observamos um aumento no número de pessoas que se alimentam fora do lar, e de estabelecimentos comerciais voltados à comercialização de refeições, Unidades de Alimentação e Nutrição (UANs) que fornecem refeições prontas ao consumo humano.


As BPF se relacionam diretamente com as DTAs, uma vez que, ela direciona aos estabelecimentos os procedimentos padronizados para evitar qualquer risco que possa incidir sobre os processos de armazenagem, processamento, cocção e distribuição do alimento. Através de normas e leis que visam reduzir e/ou sanar esses problemas que levam ha uma preocupação por parte das autoridades competentes, tornando-se caso de saúde pública.
            Diante disso, se torna imprescindível o treinamento em BPF aos manipuladores de alimentos, profissionais que, estão diretamente ligados a todas as etapas que influenciam a qualidade e segurança dos alimentos. Treiná-los e capacitar esses profissionais manipuladores a conhecerem os fatores que influenciam nos processos que o alimento passa, capacitando-os para avaliar e discernir sobre melhores condutas a serem tomadas.
            Observa-se dessa forma, uma compreensão maior dos manipuladores e, conseqüentemente, maior aplicação das BPF durante a manipulação dos alimentos, reduzindo consideravelmente os riscos de contaminação que os alimentos são submetidos diante da falta de conhecimento e preparo na produção. 
            Destaca-se nessa área de atuação, com treinamentos aos manipuladores de alimentos, os nutricionistas, profissionais que, munidos de conhecimento técnico intervém com treinamento e ações, garantindo assim, qualidade do serviço, da alimentação fornecida, redução de surtos, diminuição com gastos à saúde pública e promoção da saúde.


            Estudos têm mostrado e outros têm sido feitos, mostrando uma relação da capacitação dos manipuladores BPF com redução das DTAs, mostrando efetivamente uma redução nas notificações, conseqüentemente a um esclarecimento e posteriormente aplicação de medidas simples de higiene, manipulação e conservação em UANs.